Publicado em 17-Dez-2019 às 12:30
Trabalhos de investigação melhoram agricultura nacional
A edição deste ano do Prémio Empreendedorismo e Inovação Crédito Agrícola 2019 contou com 200 candidaturas e 12 projetos finalistas, dos quais saíram os cinco vencedores. Como a história se faz de todos os que dão ao setor o melhor de si fomos conhecer os projetos que não ganharam, mas que também aportam um importante contributo para melhorar e valorizar o setor agrícola nacional.
Na categoria “Produção, Transformação e Comercialização”, além do vencedor ChestWine, foram finalistas o SALYS e o Water Percept. No caso do primeiro projeto, trata-se de trabalhar numa alternativa saudável ao consumo de sal, feito a partir de salicórnia e ervas aromáticas. O produto final conta com cinco vezes menos sódio que o sal marinho.
Por seu lado, o Water Percept compreende uma tecnologia de medição da quantidade de água na vegetação de modo preciso e não invasivo, através da produção de imagens 2D ou 3D para caracterização do stress hídrico das plantas.
O que é português é bom
Na categoria “Desenvolvimento Rural”, o vencedor Forest Supervisor competia com outros dois candidatos de peso: Arouca Agrícola e Soresa.
O Arouca Agrícola compreende uma estratégia municipal de melhoria das práticas agrícolas naquele território, com o objetivo de estimular o modo de produção biológico, apoiando o escoamento de produtos diferenciados (património genético e variedades regionais) e criando dinâmicas na vertente educativa (ambiental e alimentar), social (quintas terapêuticas) e ainda no turismo.
Já o Soresa prevê a dinamização de todo o tipo de produtos transmontanos recorrendo ao desenvolvimento de uma imagem cuidada dos produtos, melhorias na embalagem e otimização dos canais de venda. Desta forma, os promotores do projeto acreditam que se está a trabalhar no encurtamento do caminho entre a produção e a comercialização.
Empreendedores precisam-se
Da Região Autónoma da Madeira chegou-nos Igor Fernandes, o vencedor na categoria “Jovem Empresário Rural”. Mas a concurso esteve também Hugo Bacalhau com o projeto Goji Natur por via do qual se pretende promover a comercialização de bagas goji biológicas, frescas e secas. A empresa conta ainda com mais dois produtos que têm as bagas goji como base principal: compota de goji e geleia picante de goji.
A terceira candidata, Patrícia Gomes, dá vida ao projeto PhytoClean, que consiste na produção de plantas aquáticas autóctones para tratamento de águas e solos contaminados. São plantas que podem ser colocadas em águas, piscinas ou ajudar no tratamento de águas residuais e industriais, evitando a utilização de químicos nefastos à natureza e à saúde humana.
Grupos Operacionais adicionam valor
Na categoria “Inovação em Parceria: Grupos Operacionais”, a Waste2Value levou para casa o prémio, mas teve dois concorrentes à altura: o projeto Novas práticas em olivais de sequeiro: estratégias de mitigação e adaptação às alterações climáticas e o Regadio de Precisão.
O primeiro projeto finalista visa o desenvolvimento de um manual de boas práticas para a mitigação das alterações climáticas, pela redução das emissões de Gases com Efeito Estufa (GEE) e pelo aumento do sequestro de carbono e a adaptação do olival de sequeiro a novas condições climáticas.
Já no caso do Regadio de Precisão, trata-se de assegurar o desenvolvimento de um sistema integrado destinado ao aumento da eficiência em culturas de regadio por pivot, através de tecnologias de agricultura de precisão.
A ideia é permitir claros benefícios no uso eficiente de fatores de produção, em especial da água e energia de rega.